Cozinhar: por que alguns só usam creme de leite e CIA?
Os desafios ao cozinhar além do creme de leite e leite condensado
Todos os dias, aparecem para mim uma porção de receitas. Infelizmente, a grande maioria dessas receitas é fruto descabido de uma sociedade doente e complexa na qual estamos vivendo hoje. Se tirar o creme de leite e o leite condensado, vai ter muita gente que não sabe mais cozinhar.
Pior, é quando introduzem nessa mistureba toda: doce de leite, leite ninho e outras maluquices.
O “importante” é o puro gozo pelo gozo. E o gozo deve ser sempre onipotente e onipresente.
Desaprendemos a pegar pequenas coisas e tentar extrair o máximo de informações delas.
Nas receitas simples, estão cada vez mais fadadas as múltiplas formas de sentir o máximo de prazer. Prazer esse que sempre tende a crescer.
Cozinhar como um esforço mínimo de qualidade sensorial
Ao invés de nos esforçarmos, quando vemos uma receita com sabores amenos e tentarmos enxergar a beleza que existe nela. Nós simplesmente pegamos e falamos: “está sem gosto”, “falta açúcar”, “está faltando alguma coisa”. Muitas das vezes esse tipo de resposta está associado à própria maneira com que interpretamos nossa sociedade atual, como já disse, estruturada no gozo sobre o gozo. Ou seja, o que não lhe faz “gozar” não presta. E o gozo deve vir de maneira fácil e extremamente nítida. Se não for dessa forma, “é muito chato” ou “complexo demais”.
Hoje entrei na internet e vi uma figura que praticamente 90% de todas as receitas dele obrigatoriamente possuem essa combinação de muito açúcar + creme de leite ou qualquer coisa que leve creme de leite ou leite condensado.
Vamos ter mais critério; comida é sim para dar prazer, porém o prazer ele jamais deve ser absoluto. Prazer deve ser explorado, cativado e cultivado.
Se você fornece prazer absoluto de maneira desconexa sempre, ele vira monótono e a monotonia vai levar você a procurar mais prazer.
Precisamos encontrar nas comidas simples o verdadeiro prazer delas e não colocar prazer absoluto em cima delas.
A comida pelos excessos
Não sou contra ao brigadeiro, mas devemos ter critério em tudo que fazemos e não somente em toda comida que fazemos, colocarmos um brigadeiro dentro.
Cozinhar pelos excessos é muito fácil, pois há certeza do sucesso. Assim, o espectador, ao se deleitar com um prato repleto de gozo, tem seu esforço reduzido ao ínfimo. O esforço que temos para saborear uma comida que explode de prazer na boca é nulo. Assim, deixamos de trabalhar a crítica sobre o porquê estamos comendo verdadeiramente aquilo.
A banalidade toma conta de ambos os lados. Para quem produz, o ambiente é extremamente confortável e favorável, com ausência de críticas externas. Nossas papilas gustativas estão tão anestesiadas de prazer que não sobra espaço algum para perceber os tons, variações e nuances de ingredientes. O cozinheiro pode colocar o que for; se explodir na boca, o prato foi válido, afinal, ninguém saiu reclamando.
Aos doces de leite, leite condensado, cremes de leite, açúcares e tantos outros ingredientes usados para cozinhar pratos absurdamente provocativos ao prazer, eles não são a raiz do problema. A problemática está no uso que damos a eles.
O consumidor do prato também se encontra em um ambiente muito favorável e confortável. Pois não se tem o menor trabalho de identificação de alimentos. O prazer sob o prazer tem dessas coisas; ele é tão abrupto que não percebemos nem o que estamos fazendo. No caso da comida, nem percebemos o que estamos comendo: “o importante é que está gostoso”.
Então, vamos lá:
Em se tratando de cozinhar, menos geralmente é mais. Precisamos aprender que o equilíbrio dos alimentos não é somente uma questão estrutural de calorias, mas sim de adaptar o nosso paladar para as infinitas complexidades de sabores que a natureza nos propõe e comer tudo de uma maneira absurdamente doce é minimizar toda a complexidade de nosso paladar.
A mousse cremosa de doce de leite
Creme de leite + doce de leite
A sobremesa Sucesso
Pavê de chocolate + creme de leite
A mousse de limão
Claro que não era limão natural né…
Pudim Romeo e Julieta
O pudim que não é pudim, claro que tinha que levar a dupla dinâmica de creme de leite + leite condensado
A “Moça” Gelada
Gente, moças não são geladas…
Dupla dinâmica novamente: creme de leite e leite condensado
Nem o Manjar escapou
O que era para ser algo simples, ficou complexo demais de sabor
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I wonder about the bullet points.. seems kinda forced.