Alimentação das crianças deve ser igual dos pais

Resumo: Alimentação saudável para as crianças

Na alimentação infantil, existe um tabu de que crianças precisam de alimentos diferentes dos adultos. Muitos pais, ao tentarem inserir uma alimentação saudável em seus filhos, se deparam com um problema que até então não tinham reparado: nós nos alimentamos muito mal.

É importante ressaltar que a alimentação infantil não precisa ser complicada ou restritiva. Na verdade, a base de uma alimentação saudável para crianças é a mesma que para adultos. Uma dieta equilibrada e variada, composta por frutas, legumes, proteínas, carboidratos e gorduras saudáveis.

Uma forma de promover hábitos alimentares saudáveis desde cedo é introduzir uma grande variedade de alimentos na rotina das crianças. Experimentar diferentes texturas, cores e sabores é fundamental para ampliar o paladar e garantir que a criança esteja recebendo todos os nutrientes necessários para seu desenvolvimento.

Além disso, é importante criar um ambiente favorável à alimentação saudável. Isso inclui oferecer refeições em horários regulares, sentar à mesa juntos como família e evitar distrações durante as refeições, como televisão ou celular. É também fundamental evitar o uso de alimentos processados ou industrializados. Estes são ricos em açúcares, gorduras e aditivos prejudiciais à saúde.

Lembre-se também de incentivar a hidratação adequada das crianças, oferecendo água regularmente ao longo do dia, especialmente durante atividades físicas e períodos de calor.

Logo, cuidar da alimentação infantil é uma responsabilidade importante. Pois uma dieta saudável na infância pode impactar positivamente a saúde e o bem-estar das crianças ao longo de toda a vida. Portanto, esteja atento aos hábitos alimentares de seus filhos e busque sempre oferecer opções nutritivas e equilibradas.

HISTÓRIA COMPLETA: Alimentação saudável para crianças é a mesma que para adultos

Ao nos tornarmos pais, deparamos com um grande dilema: “O que eu darei para meu filho comer?”. Geralmente, os pais começam com uma grande busca sobre alimentos saudáveis, e qual seria a melhor maneira para alimentar seus filhos. E se de deparam com um grande problema: “de um modo geral, nós nos alimentamos muito mau!”

Durante o crescimento do filho é comum vermos um embate, em colocar uma alimentação que os pais julgam adequada para seus filhos. Nessa jornada, muito erros podem acontecer. Dentre um deles é o de se realizar uma comida independente para seu filho do resto da família.

A alimentação de nossos filhos deve, ou pelo menos deveria ser sempre uma alimentação para toda a família.

Para “melhorar” a situação, a mídia sempre nos ajuda (geralmente para baixo) nos bombardeando todos com inúmeros produtos maravilhosos e milagrosos.

A posição da Society for Nutrition Education and Behavior (SNEB), diz que não há diferença entre alimentos saudáveis ​​para adultos e para crianças de 2 anos ou mais. Exceto para ajustes apropriados à idade na textura e tamanho da porção. De acordo com um novo documento de posicionamento no Journal of Nutrition Education and Behavior , publicado pela Elsevier.

“Se você pensar na comida infantil, o arquétipo ou terminologia que usamos amplamente para descrever a comida que alimentamos nossos filhos, é realmente uma norma social ou construção social que perpetuamos”

Pamela Rothpletz-Puglia, EdD, RD, School of Health Professions, Rutgers, The State University of New Jersey, Piscataway, NJ, EUA.

A alimentação infantil…

É operacionalmente definida como alimentos passíveis de serem consumidos por crianças de 2 a 14 anos, seja em casa ou na comunidade. 

Há uma crença de longa data, de que as crianças precisam de tipos diferentes de alimentos que os adultos. Muitos desses alimentos são altamente processados; denso em energia; e rica em gordura saturada, sódio e açúcares. Podendo muitas das vezes serem efeitos prejudiciais significativos nas preferências e gostos das crianças. Exacerbam a neofobia alimentar ou o comportamento alimentar exigente às vezes visto em crianças. Soma-se tudo isso e, podemos afetar e muito a saúde dos nossos filhos no futuro.

De onde surgiu a ideia que Alimentos infantis precisam ser diferentes dos adultos?

Parece ter se originado durante a era da proibição do álcool. Naquela época, a indústria da hospitalidade criou menus infantis para compensar a perda de receita de vendas de álcool. Desde então, separar a alimentação dos filhos com a dos adultos foi normalizado e apreciado por muitos, principalmente no quesito facilidade.

Discussão:

A sociedade é feita em camadas, e uma das principais camadas é a unidade celular da família. A criança bem cedo aprende com os hábitos da família o que pode ou não pode fazer. É um jogo de regras, nos quais está implícito que, o que os adultos fazem ou deixam de fazer como uma das principais fontes de aprendizado social. O contato visual das coisas será uma das principais armas da criança para conseguir explorar esse novo mundo.

Generalizações a parte, a criança “mimetiza” muito do que ela aprende a comer sob os hábitos culturais que estão todos os dias a mesa. Se uma família “curte” realizar suas refeições no sofá enquanto vê um canal de TV, ela acaba entendendo que isso é para a sua família um comportamento correto de se fazer.

Família reunida para uma alimentação saudável. Sob a mesa diversos os integrantes sorrido e aproveitando a reunião em família
Uma refeição à mesa vai além de colocar comida nos pratos. Ela deve ser inclusiva e interativa, todos devem participar desse pequeno e grande hora. É um grande momento para reunir os pares e interagirmos com nossos familiares.

Muitos comportamentos então, são adquiridos durante os hábitos alimentares de cada dia (sendo saudáveis ou não), o visual como uma das principais ferramentas para eles conseguirem interpretar o mundo a volta.

A comida como normal social

A comida então, torna-se uma “norma” social, que persiste porque alimentos ultraprocessados ​​são predominantes no ambiente alimentar e são altamente palatáveis ​​para as crianças. com isso, os pais acabam entrando em uma grande cilada: “ao de tentar alimentar seus filhos de maneira saudável sendo que os mesmos não possuem esse hábito”.

Os nutricionistas, desempenham papéis fundamentais na mudança do hábito do consumidor e das normas sociais sobre as escolhas alimentares. Eles podem fazer isso criando resiliência familiar e comunitária e adaptação saudável ao ambiente de alimentos ultraprocessados ​​e promovendo o conhecimento para a família que todos podem comer os mesmos alimentos (desde que ajustados para cada idade) e de forma saudável, uma alimentação única para toda a família desfrutar. Promovendo assim, mudanças sociais no indivíduo, na família e na comunidade.

Referências:

  1. Pamela Rothpletz-Puglia, Lynn Fredericks, Margaret Rush Dreker, Rachael Patusco, Jane Ziegler. Posição da Sociedade para Educação e Comportamento Nutricional: Alimentação Saudável para Crianças é a Mesma dos Adultos . Revista de Educação Nutricional e Comportamento , 2022; 54 (1): 4 DOI: 10.1016/j.jneb.2021.09.007
  2. Elsevier. “A alimentação saudável para as crianças é a mesma que para os adultos.” ScienceDaily. ScienceDaily, 6 de janeiro de 2022. <www.sciencedaily.com/releases/2022/01/220106100352.htm>.


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jeanphillipe

Nutricionista, gastrônomo e chefe de cozinha. ALIMENTO NÃO ENGORDA. O que engorda são os excessos.

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